Não fiques na minha sepultura a chorar...
Eu não estou aí, eu não durmo;

Eu sou mil ventos que sopram;
Eu sou os raios do Sol que incidem na erva madura;
Eu sou a chuva gentil de Outono.
E quando tu acordas ao amanhecer,
Eu sou o rápido levantar dos pássaros que voam em círculos;
Eu sou as frágeis estrelas que brilham de noite.

Não fiques na minha sepultura a chorar... 
Eu não estou aí... eu nunca morri...

Fotografia: Cemitério Militar Português - Richebourg L'Avoué, França - © Fernando Gomes-Paulo
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