A deriva...

O dia foi-se em chamas

Gordurosas...

Extintas a gás carbônico.

Entre sem relutar ó noite branca

Embalada pelos ponteiros lacônicos...

Implacáveis...

Devastadores.

A espuma no copo e nos lábios é

Mar recomeçando em mim.

A deriva...

Não valho nada.

Sou pobre,

Descrente, imperfeito, imundo.

Não vivo... Vago...

Vagabundo.

E tenho o agravante oceânico,

Incorrigível...

De crer em versos

Dominando o mundo.

Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 04/04/2015
Reeditado em 04/04/2015
Código do texto: T5194398
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