Corpo
As vezes que não falei
Criou um capitulo a parte
Desta vida que não é arte.
O silêncio marca mais.
Não importa,
Peguei-me roendo unhas
Ocultado pelo fecho da porta,
Mas ao abri-la vi
Um corpo de vinho
Sorriso aberto de festejo
Se doce,
Era beijinho.
Os desejos embalaram
O vestido vermelho subindo
Ao meu olhar se transferindo.
Tinha pressa de ir embora
Disfarçou o gostinho de cigarro,
Sussurrou quase num gemido,
Os botões foram se abrindo
Despida era mais bela,
Contudo só havia tempo para a despedida.