Corpo

As vezes que não falei

Criou um capitulo a parte

Desta vida que não é arte.

O silêncio marca mais.

Não importa,

Peguei-me roendo unhas

Ocultado pelo fecho da porta,

Mas ao abri-la vi

Um corpo de vinho

Sorriso aberto de festejo

Se doce,

Era beijinho.

Os desejos embalaram

O vestido vermelho subindo

Ao meu olhar se transferindo.

Tinha pressa de ir embora

Disfarçou o gostinho de cigarro,

Sussurrou quase num gemido,

Os botões foram se abrindo

Despida era mais bela,

Contudo só havia tempo para a despedida.

Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 31/03/2015
Código do texto: T5189624
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