O CÃO DA ALMA E A CARROCINHA DO PENSAMENTO

Mansidão nas fornalhas das ruas sem paredes

O cão da alma atravessa atrás do sentido.

Não há lugar para o ser em lugar algum

que procure a si mesmo no mundo.

Erra, esgueira a beira do precipício

Os seus machucados são as valas dos ônibus

É um cachorro sem grito

Que procura um dono sem notar a sua própria realidade.

Nessas casas não aceitam cães sem cegos.

Como um cão vagabundo sem emprego

Não late o latido dos latifundiários

É o povo que quer se libertar!

Este é tempo de cães sem casa

Tempo de raiva, fabricas de sabão.

De almas fabricadas sem o amor

E não havia a carrocinha para policiar os pensamentos.

De Poeta das Almas - Fernando Febá

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 09/03/2015
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