Madrugadas verdes

Eram tempos ocultos,

Protegidos em codinomes

davam a noite um perfume exclusivo,

Cheiros sempre alusivos

momentos de se ler em livros.

Amigos, mulheres e homens.

Era um mundo de paz escondida,

de aluno virar professor,

de ruas desertas e gritos descompromissados,

de sonhos acordados,

de soldados alienados,

de desejos enfileirados,

de madrugadas verdes e silenciadas,

de serenatas até onde a voz alcançava,

de vilões com seus violões

De militares chegando feito assombração.

Um tempo em que se ria sem emoção.

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Interação do nobre poeta e amigo Alkas. Creio que nossa geração, que sentiu na pele os efeitos deste tempo, nunca vai esquecer:

"Madrugadas verdes em tempos sombrios...

palavras cassadas, pessoas caçadas...

vozes caladas, chibatas e arbítrio...

tempo de sacrifícios, tempo de desolação,

o povo amedrontado e o verde

tremulando na escuridão...obscuro

verde da alienação..." (Alkas)

Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 09/03/2015
Reeditado em 09/03/2015
Código do texto: T5163446
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