SANGUE FRIO

De repente o vazio que me toma;

uma grande lacuna sobre o nada

que já teve uma essência, uma coluna,

mas não foi de fumaça; foi de amores...

Quero ter meus sentidos novamente;

coração que não caiba no meu peito;

minha mente repleta em fantasias

e um leito pra mais do que dormir...

Sem amar e também sem ser amado,

sou leão acuado; nau sem mar;

ter pra dar, e pra ter, faz tanta falta...

De repente o repente que me acorda

com a corda no pulso que nem pulsa,

pois o tempo esfriou meu sangue quente...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 03/03/2015
Código do texto: T5156396
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