EI-LOS QUE PARTEM (poema de mote e glosa)

Os sonhos que se perderam

As insônias das noites tristes

No rosto aterrorizado dedos em riste

Nos olhos baços nenhuma chama

Depois de você na minha cama

Ei-los que partem. . .

Roteiros para lugar nenhum

Castelos mal assombrados

Bolsos vazios e furados

Anzóis sem peixes que os mordam

Com você em tempos novos

Ei-los que partem. . .

Navios que sempre naufragam

Ladrões que nos roubam o salário

Trigo que nunca faz pão

O vazio do corre-corre diário

Com você em meu coração

Ei-los que partem. . .

Saudades que não se dissolvem

Amanheceres sem esperança

Todo ranger de dentes e pranto

A dor que na vida avança

De braços contigo eu canto

Ei-los que partem! . . .

- por JL Semeador de Poesias, finalizado em 24/02/2015 –

NOTA: Este poema comecei a escrevê-lo para um concurso literário, com o tema “Ei-los que partem”, porém, esqueci de enviá-lo a tempo –