DENTRO DA LEI

Ao brincar de brincar amenizo esta culpa

de querer sem querer e ferir o consenso,

mastigar o que penso da chama que sinto

se lhe vejo tão perto; ao alcance da pele...

Galanteios zelosos me acodem aos poucos,

fantasias verbais entre tons bem amenos,

pra pescar um sorriso entreaberto em seu lábio;

pelo menos o cheiro da hora impossível...

Linha tênue que marca e vigia o mau gosto;

há um posto em minh´alma que me policia;

filtra gestos, olhares, inconveniências...

A criança que brinca de propor miragem

sabe quando a viagem requer meia volta;

solta o sonho igual pipa; com linha e cabresto...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 18/02/2015
Reeditado em 18/02/2015
Código do texto: T5141067
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