Como um Rio no Estio 

Como um rio no estio, quando a água 
não é tanta. 

Vou indo bem devagar pelo tempo 
a passear. 

E os sonhos, porque sempre é tempo 
de sonhar, agora vão devagar. 

Acordar ficou melhor, é tempo de saborear 
cada pedaço do dia que nos veio visitar. 

Ir e vir sem correria, o relógio, coitado! 
a um canto encostado. 

Esse sim, está mesmo aposentado. 
A pressa em que vivia entrou noutra sintonia. 

Devagar, com tempo para pensar , o que 
significa viver e o que ando a procurar. 

Agora sei quem sou. 
O tempo me ensinou. 

Contas do mesmo rosário a vagar pelo infinito. 
Antes e depois, lá dentro e cá fora. 

É tudo a mesma história. 

Lita M
oniz