QUE ASSIM SEJA
Que seja interessante, então,
glorificar os momentos sem paixão.
Santificar as ausências e
dar extrema unção ao amor.
Essa brisa de vaidades,
que se esvai no encontrar de novos tufões.
Esse desvencilhar-se de verdades.
Únicas...próprias...singulares...
Que se busque conforto, então,
nos deslizes, nos sublimes prazeres...
Efêmeros...sacanas...carnais...
Que se abandone o querer
numa esquina qualquer.
Como um cão magro...faminto...vadio...
....que ninguém quer.