INTRANSITIVO (POESIA)

INTRANSITIVO (POESIA)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

INTRANSITIVO, pelas horas dos dias, das luzes alcançáveis,

E por ocupação dos raios da lua, do céu a terra,

Por tempo no acontecido terminável a interminável,

Por tempo em tempo resguardando será o como algo durável.

ESCURECEU!

Cai sob o relento um tom sombrio a causar calafrio,

De um fenômeno de negritude a amplitude...

E talvez umidades das névoas, serenos e neblinas,

Banhos carinhosos das famílias no interior das bacias e tinas.

Nas sombras, fantasmas e sobras largadas pelas esquinas,

E na solidão da dor na solidão por quem morre de frio.

Ou por que toma banho contente nos lagos, lagoas, poças, açudes, cachoeiras, cascatas, alagados, córregos, corredeiras, represas, compartimentos e rios.

E também, nas harmonias encobertas dos povos ilustrados de realejos,

Pelo abrir das coloridas ou estampadas janelas,

Do fervor dos apreciados e desenhados desejos,

Do ardor pela falta de um amigável ou adorado beijo,

E da elegância revestida pelo amor intermediados nos vilarejos.

DESAPARECEU...

Das fragrâncias do perfume dos pólens das flores...

Do voar e depois dormir das revoadas dos pássaros.

Das saudades fumegantes sentidas por todos os instantes;

Que os sentimentos trazem nos odores das inesquecíveis lembranças.

Das relevâncias das embarcações sobre as águas do mar movidas a vela,

E das luzes dos candeeiros e das labaredas dos fogos das velas.

Em ilusões ofuscadas pelas ocasiões vivas das pessoas lindas e belas,

Nas alusões, situações ou ocasiões harmoniosas das posições sentinelas.

EMPRETECEU

E batem os sinos nos campos, bosques, praças, parques e campanários

Pelos determinados itinerários ou honorários,

Nos ninhos das andorinhas, beija-flores e dos canários...

Por horas das idades das igrejas com missas em seus horários.

Pelas longas distâncias de esperas nas extensas viagens,

Alertam por existir nos momentos de êxtases na descontração,

Pelos cantos dos prantos pelo mundo largados das dosagens,

Nas coisas que foram abandonadas pelas estradas indicadas pela sinalização.

APARECEU...

Nas perseguições ou segmentos as capturas buscáveis,

Pelos caminhos ao luar, em silêncios de agrados, logrados e estáveis.

Distante a sombra e a sobra de algo que jogado, parecendo que o ar a desfaleceu...

Aparentada a uma indescritível imagem do real ou a miragem...

Nas recepções ou apresentações das horas prosseguindo as passagens,

No aluvião, assombração ou obscuro ar que na noite escureceu.

Pela situação da noite, por quem deve divertir, e depois dormir,

Ou do sonho, que retrata o que o subconsciente viu a intervir,

Durante o dia no cotidiano, a tarde e a noite a cada atividade no agir,

Alegrias esbanjadas as muitas gargalhadas na felicidade de quem está sempre a sorrir.

Embriagado de sono deitado com o travesseiro a luz branda que adormeceu,

Livros na cabeceira da cama uma prova que alguma leitura alguém leu...

Por uma questão, que em várias situações, a lua adormecendo o sol, apareceu...

INTRANSITIVO... Ao fenômeno natural,

ANOITECEU.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 07/01/2015
Reeditado em 23/05/2020
Código do texto: T5093410
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