EXORCISMO

Grito em vão, porém grito, não posso perder

o poder de revolta que meus olhos bebem,

minha sã consciência desses tempos baços,

meus espaços de ação em favor da esperança...

Com a voz estridente ou silêncio profundo,

numa tela, uma pauta ou num muro baldio,

nas entranhas do mundo e nas periferias

das verdades da vida que mente pra mim...

Tenha eco, não tenha, tanto faz pro grito,

esse rito, esse culto, minha tradição,

mão na tábua que o mar não engoliu ainda...

É assim que devolvo demônios e pragas,

que desvio as adagas, confundo inimigos

e me faço de vivo pra sobreviver...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 05/01/2015
Código do texto: T5091393
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