Falsos quereres
Cansei dessas animosidades
Desses falsos quereres
Desses desejos vãos
Hoje és tu
Amanhã é qualquer
Imediatismo exacerbado
Preciso de ti como do ar
Quem és tu?
Onde mora agora a profundidade?
O amor de verdade?
Dedicar-se a algo pra quê?
Amanhã tem tantos mais
A conquista lenta e prazerosa
O cotidiano tão calmo e cálido
Onde foi parar o gradual sentimento?
Até os desejos são facilmente substituíveis
Os corações são de plástico?
Não pulsam mais que por um minuto?
Não digas em vão o que tem tanto valor ainda pra alguns
Corres o risco de ser mais um entre os tão comuns
Poeta ou patético
São sempre as mesmas palavras
Não importa ditas por quem
O mundo tornou-se um grande amontoado de uma coisa só