CORPO E ALMA
CORPO E ALMA
Retorno a divagar pelo tempo,
Sentindo nos olhos a perversidade do mundo.
Minha imagem particular me agrada hoje,
Tão somente pela lembrança que, em qualquer
Minuto do ontem que passou, fiz algo de bom.
Caminho no meu íntimo,
Lento e seguro.
Derramando no tempo
A luz da serenidade.
Desfaço as lágrimas,
Vendo meus pensamentos
Camuflados de gentileza,
Satisfazendo a ânsia efêmera
Do meu corpo agora renovado.
Lembro-me que, antes, sob fúria
De um incêndio interior,
Cheguei quase à náusea:
Uma guerra íntima de meu corpo
E de minha alma.