Sorte e Revés
Sorte e Revés
O que fazer,
Quando a sorte bater?
Devo me jogar ou me esconder?
Fugir pela janela,
Para nunca mais me encontrar.
Me afundar pelos mares,
Entrar pelo cano,
Rolar por um barranco.
Fico com medo de me entregar,
Mas será que devo me arriscar?
Vou me amar, abraçar o mundo sem pensar,
Tenho vontade de marcar pontos,
Mesmo se não for pra ganhar.
A sorte bate, mas é o azar que entra,
Ou seria o contrário,
E eu sou apenas uma besta?
Fujo do revés, do amor, do amargor,
Já não quero mais sentir dor,
A sorte me persegue,
Mas será mesmo que ela me quer?
O azar me consome,
Vive me mostrando que assim ele não é.
Enquanto isso vou seguindo,
Correndo do destino,
Marcando o passo da sorte e revés.
Fugindo e vazando,
Amargurado e apaixonado,
Até cair no meu próprio poço.
Sem saber se sou abençoado,
Ou amaldiçoado.