FILHO DA MÃE

Sou do tempo das mães extremadas e loucas

Pelas proles extensas, os filhos em série,

Conheci as mães roucas de muito gritarem

Seus avisos, pedidos e premonições...

Tive mãe nesse tempo em que as mães não dormiam,

Não viviam pra si, só pra suas ninhadas,

Tinham medos do mundo que cercava os seus

E sabiam que “Deus” não seria babá...

Fui um filho de mãe que não tinha controle,

Nada era bastante pra me ver seguro,

Via sempre o futuro a lhe pedir urgência...

Houve o tempo em que as mães eram puro exagero,

Desespero de amor, agonia de paz,

uma dor que jamais as tornou infelizes...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 10/11/2014
Reeditado em 10/11/2014
Código do texto: T5029719
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