O CACHORRO E A CRIANÇA
Ele não o entendia, mas a sentia.
Essas línguas (o)cultas que apenas falam os animais
A sensação na alma acalma
O coração cão da alma.
Não produzia palavras, mas seu corpo escrevia
A criança na alma, do corpo que brinca
A infância no jardim da poesia nos chama
E ama o privilegio das horas que não voltaria.
O seus olhos tão doces e pequeninhos
São belos, fontes de calor e poesia.
Espirra, entre os pés dormia.
Abraços e afagos no focinho do nino.
Batia o rabo contra o berço,
Surpreendente latia
Mostrava o mundo
Como criança sem medo.
O sabor dos quintas da infância
Pelo tempo de despertar da poesia
Desses cachorros sem nome
E a alma sentia sua gratuidade viva.
De. Poeta das Almas - Fernando Febá
Fernando Henrique Santos Sanches