O CACHORRO E A CRIANÇA

Ele não o entendia, mas a sentia.

Essas línguas (o)cultas que apenas falam os animais

A sensação na alma acalma

O coração cão da alma.

Não produzia palavras, mas seu corpo escrevia

A criança na alma, do corpo que brinca

A infância no jardim da poesia nos chama

E ama o privilegio das horas que não voltaria.

O seus olhos tão doces e pequeninhos

São belos, fontes de calor e poesia.

Espirra, entre os pés dormia.

Abraços e afagos no focinho do nino.

Batia o rabo contra o berço,

Surpreendente latia

Mostrava o mundo

Como criança sem medo.

O sabor dos quintas da infância

Pelo tempo de despertar da poesia

Desses cachorros sem nome

E a alma sentia sua gratuidade viva.

De. Poeta das Almas - Fernando Febá

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 27/10/2014
Reeditado em 02/01/2015
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