ARQUIVO MORTO

Dou ao tempo a coragem dos meus passos,

porque tenho a missão de ser quem sou,

crio laços e driblo a solidão;

não me dou ao vazio que se oferta...

Quero apenas o quanto está pra mim;

vou pro mundo que vem ao meu olhar,

lá no fim se desenha o que já é

neste mar de verdades pré-moldadas...

As receitas estão no arquivo morto,

há um porto em que todas as sucatas

contam suas histórias pra ninguém...

Forjo a rota, o destino, crio a fé

sem correr, pois a vida me acomoda;

tenho muita preguiça de morrer...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 27/10/2014
Código do texto: T5013228
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