Ah meu amor ficaram velhas todas as notícias

Ah meu amor ficaram velhas todas as notícias,

e a noite é um livro que não se define,

também a vida é um poderoso enigma,

o que fazer distante, nós dois, de qualquer entendimento?

O rio corre com suas águas turvadas,

a chuva cai aqui no Nordeste, desse lado do Maranhão,

e apagou, a água que canta, o rastro de nossa história,

como voltar meu amor se o caminho se dissolveu?

Ah, a noite nem tem mais sono nenhum,

e as estrelas são de natureza morta,

de uma existência que nem sabemos se ainda perdura,

é como nós, uma imagem longe, distante, até parece que foi sonho...

Mas estou aqui a grafar com tintas impossíveis

um retrato do fantasma que ainda me visita,

estou sem sono meu amor,

também estou sem virgília,

a pia tem um prato,

e o copo está caído de lado,

parece que alguma coisa aconteceu,

mas eu não me atrevo a dizer, não, não me atrevo,

apenas saio a aguar as plantas,

Com a esperança de algum passarinho me visitar as retinas ressequidas...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 23/10/2014
Reeditado em 23/10/2014
Código do texto: T5009920
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