Solidão em ciclo

De novo o velho medo da vida

Da vida nada resta de novo

Aceito o ciclo que me arrasta a errar uma centena de vezes

Este ar que parece ser o mesmo de tempos atrás

Eu vivi tanto tanto e ainda

Me assusta o anoitecer

Acorrentada a lembranças do passado

Sobras persistentes

Insistentes a atormentar

Minha meia vida

Não me esforço pra sorrir ou chorar

Aprendi a ser como as pedras

Mas sonho ser imprevisível

Como os temporais

E nessa escuridão sem qualquer caminho

Eu vivo na solidão

Ate que um dia eu me rebele

E descanse

Marcela Cristiane
Enviado por Marcela Cristiane em 14/10/2014
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