CADA VEZ QUE TE VEJO

Fico assim só de olhar nos teus olhos nos meus;

dou adeus e te levo, e permaneço assim,

por um curto sem fim que só depois me chama

e derrama o vazio de já não te ver...

Quando bebo em teu rosto esse dizer profundo

que me cala e consente ficar tonto e bobo,

eu me roubo pra ti; nem preciso de mim;

vou ao fim do meu mundo e colho céus ocultos...

É assim que me flagro desde que te achei,

desde quando não sei, porque lá me perdi

sob tuas presenças e muitos adeuses...

Ao saíres da linha do meu horizonte,

cada vez que te afastas ou cumpro essa pena,

fico assim, viro ponte suspensa no caos...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 02/10/2014
Código do texto: T4984676
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