CARIMBO

Valorizo este amor que nos conserva em véus,

num baú de aventuras que ninguém desfaz,

numa paz de saber que nem o tempo rói

ou a lixa do vento pode corroê-lo...

Mas queria o momento que seria um;

não viria o segundo, pra não ser igual;

ficaria comum se retornasse ao campo

deste afeto platônico e por isso eterno...

Uma cena escondida nesta eternidade,

pra ficar na saudade, sob as de costume,

ser eterna e tão rara quanto nossa história...

Só queria essa pausa pro desvio breve,

pro carinho mais fundo e pro beijo mais quente;

um deslize, um repente, um carimbo na pele...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 12/09/2014
Reeditado em 12/09/2014
Código do texto: T4958895
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