SÍNDROME DE RAPUNZEL

Se você não vivesse tão soturna;

tão noturna e sombria; dia e noite;

fosse menos distante ou recolhida

nesse luxo fumê que a vampiriza...

Seu olhar não fechasse o seu sorriso

entre os dentes, o riso de viés,

nem a voz mergulhasse no vazio

e nos nós da garganta obstruída...

Meu afeto acharia o seu caminho,

minha mão verteria todo afago

inibido e marcado pra ser seu...

Mas você nunca sai da sua torre;

não desata os cabelos; não os lança

para minha esperança chegar lá...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 09/09/2014
Código do texto: T4955013
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