SÍNDROME DE RAPUNZEL
Se você não vivesse tão soturna;
tão noturna e sombria; dia e noite;
fosse menos distante ou recolhida
nesse luxo fumê que a vampiriza...
Seu olhar não fechasse o seu sorriso
entre os dentes, o riso de viés,
nem a voz mergulhasse no vazio
e nos nós da garganta obstruída...
Meu afeto acharia o seu caminho,
minha mão verteria todo afago
inibido e marcado pra ser seu...
Mas você nunca sai da sua torre;
não desata os cabelos; não os lança
para minha esperança chegar lá...