DO QUE VIVO E QUE NUNCA CONTEI

Eu sou as minhas primeiras sensações.

Onde eu já estava e ainda não existia .

Tempo inapreensível vivido da história.

O primeiro amor das eternas cancões.

Há um duplo, o das histórias que me contaram.

E do que vivo e nunca contei

A perda dessa história é o caco de vidro

Do fantasma do espelho que bolei nos retalhos.

Tive perdas que eu nem mesmo conheci

E essas lembranças me levam longe

Relação com o mundo que foge

Tudo é um retorno por onde parti.

Era a lembrança de uma mulher que me pariu

Não a conheci, mais sou o espelho

Que me relaciono no que vejo.

E não sei chama-la de imaginária onde surgiu.

O cheiro, a voz tudo ficou no relento.

De quem é o rosto que eu vim?

Seus lábios, carne da alma que tenho.

Se não a falta e a fala em mim?

De Poeta das Almas - Fernando Febá

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 08/09/2014
Reeditado em 12/09/2014
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