Matadouro de Sangue
Fomos levados ao matadouro de sangue.
Todos estamos abatidos.
Nossos serviçais nos exploram.
Nossos juízes nos condenam.
Nossa pátria nos renega.
E a nossa carne ainda continua vermelha.
Nossas falas são moldadas à impercepções.
O ordenamento está desordenado.
Relega-se a outros planos o bem da coisa humana.
Somos perfeitos em nossas imperfeições.
Estamos abatidos.
Nesse matadouro de sangue: nossas carnes ainda continuam vermelhas.
Achamo-nos contrários ao que parecemos ser.
Ainda estamos abatidos: neste matadouro de sangue.
Mas as carnes não param de pulsar: vermelhas.