Naquele dia notou algo diferente em si mesmo. Viu sua introspecção vasculhar cada detalhe do seu ser. Embora, fosse tão rápido, que nem tudo lhe absorvia a alma. Viu grandes e pequenas coisas. Viu atos e fatos que lhe marcaram a história. Notou pontos fracos e pontos fortes. Coisas a serem melhoradas... que lhe surgiam a cada instante como sinal colaborativo de sua espécie inteligente. Sorriu... O semblante rico em expressões, seria um deleite para observadores assíduos que sempre lhe rondavam. Observadores, que por tão perto estarem, lhe achavam conhecido e dele conhecido também. Simplesmente achavam. Não analisando a profunda história que se seguia daí. Perguntas lhe acometem profundas alusões. Quase que intermináveis. Inclusive, às vezes atrapalha seu fluxo de ideias, e ele já não sabe como agir. Olha que rosto iluminado e cheio de luz. Quanto conhecimento, tornando-se em autoconhecimento, ou no mínimo o inicio de uma longa trajetória a ser seguida. Ele estava em um processo de criação estabelecido por si mesmo. Onde ele era o centro temático da própria consciência. Olha as luminárias que se seguem, nessa caixa iluminada que se chama "mente". Talvez que ele queira ser como um propulsor. Ou talvez, apenas queira iluminar seu confuso entendimento. Quem sabe o que ele quer? É...não se sabe. Mas sabe-se que ele procura em algum lugar chegar. Em algum lugar, tão profundo que ultrapasse seu entendimento. Entendimento, que ronda seu próprio ser, como no ensaio de uma dança, que ronda sua sincronia perfeita, tão imediata quanto perfeccionista. No mais belo sentido da coisa... ele ainda continua sorrindo.
