GUERRA DE FESTIM

Fazes ver que o rancor se atropela no excesso;

quebra o gesso e revela essa fratura exposta;

uma força que aposta na falsa expressão

que não sabe ocultar a confusão dos olhos...

Essa ira não casa com tanta campanha,

tanto empenho e vitrine pra se destacar;

um comício constante por voz ou silêncio,

feito fogos no ar, na escuridão da noite...

Posso ver teu avesso, como todos podem,

já corrói o teu brio tanta exposição,

coração tão à vista como num painel...

Esse ódio por mim é paixão nuclear;

ele samba no ar como quem lança mísseis,

numa guerra de nervos; também de festim...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 12/08/2014
Código do texto: T4919206
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.