QUANDO ESCREVO
Quando escrevo,
é como se as curvas do meu cérebro dançassem
com a imaginação e a realidade,com o que é feliz e o que é triste,
com a superfície e o profundo,com a solidão e o encontro,
com as luzes e os abismos, com as emoções e a razão,
com o coletivo e o singular, tudo ao mesmo tempo,
ao ritmo de melodias só ouvidas por mim...
Quando escrevo,
é como se todo o sangue de minha alma fosse para as mãos,
a fim de ser doado em sementes de amor, pensamento e sonhos,
é como se as palavras se transformassem na linguagem de minhas asas,
que se dão, gratuitamente, de presente, a quem desejar voar junto,
é como se a passagem dos dias pudesse ser, por um instante, detida
e o impossível, extinto para sempre...