Paz e Alegria

Ouvi falar de vocês, desejáveis amigas!

E desde então tenho me empenhado em buscar-vos,

Em conhecer-vos,

A todo custo, a todo bom custo,

Tornar-me digno de um dia vos ver,

E de me aproximar de vocês,

E de vos pedir licença,

E de dizer o quanto eu vos buscava,

E de me ajoelhar aos vossos santos pés,

E de dizer,

Eis-me aqui, ofereço-vos meu coração muito mutilado,

Minha razão que quer passar a ser,

Minha fé que ainda não move montanhas,

Meus e minhas Mãos, minha Boca e meu Pensamento,

E minhas potências para servirem em vosso nome,

Oh grandes amigas dos seres Dignos,

Dignos de que sejam suas amigas para sempre.

 

Meu coração se agrada com o certo êxito desse projeto,

E muito do peso que eu levava,

Por isso mesmo, já se foi dissipando-se.

 

Penso que não preciso de prata para achar-vos, oh Beldades Esplêndidas,

Penso mesmo que vós fugis de qualquer pecúnia,

De qualquer coração que não tenha muito se contorcido,

De qualquer cálculo que tenha sido feito com 100% de certeza.

 

E de dentro dos meus tormentos eu lanço meu Grito,

Em silêncio eu clamo,

E me vem então o vislumbro de um caminho a surgir,

Assim do meio das emaranhadas agonias de meus erros doloridos,

Da escuridão densa e pesada,

Emana como que uma luz se abrindo de pleno chão

Uma via browniana se faz, e eu vejo o início do caminho escabroso,

Já o fim se esconde ante a escassa visão,

Que ainda não desvenda o que está além da infinita distância,

Assim, Necessárias Amigas dos Corações Despedaçados,

Eu tenho onde apoiar meu pisar,

Eu tenho essa certeza que me deram,

E me esforço para me levantar,

E me esforço a fim de manter abertos os olhos esfogueados,

E nessa atitude um Prazer perto de mim

Como se um Ser que não vejo,

Mas que há muito me esperasse essa ínfima decisão,

Se jubilasse e emanasse, ao meu ser imperecível,

Um Hálito de Amor,

Como se isso fosse uma irradiação de sua imensa alegria...

 

Ouvi falar em vocês, desejáveis amigas...

Dizem que onde vocês estão não há guerras,

Nem fome,

Nem sofrimento, nem outras atrocidades...

E se houver quaisquer coisas parecidas,

Em verdade vocês jamais se ausentam,

E ficam, e trabalham, e aquilo que não era para haver,

Deixa de existir...

 

Amigas eu ouço há muito falar de vocês,

Mas não tenho conseguido de vós retrato algum,

E nem biografias vossas me chegaram aos olhos,

Nem aos sentidos assai deturpados...

 

Eu vou ao vosso encontro,

Com a certeza de que não me evitais,

E, no ir, já vos tenho um pouco mais perto,

Um pouco mais em mim mesmo...

 

26.07.2014

 

Self de 4.2.22

LUZ DIVINA, ROBERTO CARLOS

https://youtu.be/jMyfpzDEzRs

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 25/07/2014
Reeditado em 30/03/2022
Código do texto: T4896473
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