Corpo em fúria
Sinto sombras me devorando.
Escuridão me abominando.
Não sei se choro ou arranco os olhos
para não ver o que há ao meu redor.
Coração bate em ritmo sangrento.
Pensamento se corroe violento.
Tudo junto numa valsa rumo à morte.
E nem posso mais contar com minha sorte.
Ressentimentos aos poucos me desmanchando,
E me deixando todo oco por dentro.
Sinto o corpo fervendo.
Minha pele queimando e ardendo.
Lágrimas em sangue se dissolvendo.
O ódio e a angústia se aproveitam
e instalam-se em meu peito,
Combatendo qualquer luz que me faça acordar.