Outros tempos de guri
De vez em quando me lembro
De outros tempos de guri
Quando chegava setembro
Das pescas de lambari
Na taipa lá do açude
Ou lá na beira da sanga
Jogando bola-de-gude
Com guabiroba e pitanga
Sempre no campo correndo
Procurando passarinhos
De tudo só me arrependo
De roubar ovos de ninhos
Eu, sobrinho das titias
Também catava coquinho
Batia nas melancias
Da lavoura do vizinho
Outra coisa que eu batia
Mas não vou bater pra ti
Que várias vezes por dia
“Descascava o bem-te-vi”