Devaneios em palavras
 
Não me sacrificarei por quem dorme,
Acordei cedinho, no claro da antemanhã,
Trabalhei arduamente o bom trabalho,
Àquele que me concedeu trilhar a vida.
 
Carreguei os fardos que a vida me impôs,
Cansei ao sol do meio dia e não esmoreci,
Nada é mais forte do que a própria vontade,
O sono dos acordados nunca me apeteceu.
 
Sonhei o sonho daqueles que dormem,
Acordado eu executei meus devaneios,
O sono apaziguou a fadiga do meu corpo,
Tão somente o suficiente para prosseguir.
 
Não dormi enquanto vaguei no tempo,
À medida que não nos cabe mensurar,
Soltei da corda os nós das amarras,
Fadigado da labuta e demandante da vida.
 
Não deixarei grandes obras de impacto,
Meus feitos são as palavras que voam,
Vejam aqueles que têm olhos para ver
Ouçam os que ouvidos têm para ouvir.
 
         Rio, 08/06/2014
       Feitosa dos Santos