CORCEL
Em passos firmes, fere o chão
Rasgando os ares com volúpia
Como a buscar em outros mundos
O sentido perfeito da vida.
Escultura viva tão presente e,
Ao mesmo tempo, tão ausente de nós...
Flutua veloz numa inconstância fria
Mas de encantamentos assaz!
Obediente e ousado,
Cumpre a jornada do seu destino na aragem
Enquanto os ventos uivam
Saudando a sua passagem.
A liberdade se faz plena em seu galope
E a natureza em fulgores de estesia
Completa o espírito livre
Na alquimia da mais pura sintonia.