NÃO ME DEVO NADA

Meu relógio de pulso é sentir minha veia,

pra saber que preciso despertar da pausa,

pois a causa dispensa este sono profundo,

se caí numa teia e já não tenho tempo...

Minha hora revela que a vida se apressa;

quer meu fogo na relva do quanto me resta,

uma festa nos pés pra iluminar os olhos

e tecer lá na frente meu fim de novela...

Sempre tive meus dias, tomei cada posse,

dei meu sim quando quis e não fingi que não;

até mesmo não sendo, me forjei feliz...

Já me chamam de mestre; sei do que se trata;

data quase vencida; vencerei meu medo;

vou dizer um segredo: não me devo nada...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 16/05/2014
Reeditado em 16/05/2014
Código do texto: T4808200
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