NÃO É MAIS MIL NOVECENTOS E NOVENTA E NOVE

O poema não te salvará.

Nem haverá palavras de tamanha sabedoria.

Ou ungüento para o teu umbigo.

Agora é hora de sono e mais nada.

Sono sem sonho.

Deita o menino que está em ti, inquieto,

vadio,

pela rua,

procurando a lua no fim do beco.

Tão logo ele durma,

espia o seu sonho.

Se ele te ver, despista,

Pois ele nem desconfia de que não é mais mil novecentos e noventa e nove.

João Dinato
Enviado por João Dinato em 18/04/2014
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