DEPOIS DO FINAL DO APOCALIPSE

Num assomo de lucidez

Desnudo-me e saio à rua

Rodopiando feito pião

E deixo que a manhã

Ainda no nascedouro me envolva

Que de dentro da escuridão

A luz timidamente se faça

Deixando a madrugada indefesa

Sol brilhando nas gotas de chuva

Ainda penduradas nos fios de eletricidade

Nas antenas das tevês a cabo

E nas bordas dos telhados

Se era realmente cedo nem me lembro

Ou será que acordei com séculos de atraso

Muito tempo depois do final do apocalipse. . .

- por JL Semeador de Poesias, poema iniciado em 11/02/2014 e concluído em 09/04/2014 -