EU À DERIVA
Palavras me violentam
Parece sem querer
Me enciúmo de cada linha
Antes tão minha
Agora de quem mais
Engaveto os versos
Domino as rimas
Mas o coração
Diz não
Peço sossego ao corpo
Mas a alma não se entrega
E me estraga por completo
Passo o dia perdida em memórias
E tento esquecer
O que teima permanecer
Antes o que era meu bem
É hoje tão somente meu mal
Rasgou a minha paz
Me cercou de mimos
E pelo abandono à deriva
Não há perdão