A mulher que não vejo
Em meio a rodopios alucinantes
Nos becos, janelas e vielas,
Com a lua clareando as panelas,
Procuro por aquela de poucos amantes.
Turbilhão de símbolos, sinais e rabiscos,
Ponto do findar dos meus passos,
Horizonte almejado, mas escasso de umbigos.
És tu, regadora dos crânios neonatos.
Tenho sede daquela, pois é a única que dá sentido,
Até às vidas mais destrambelhadas
Que nem se quer tiveram o desejo agarrado.
Em meio aos pontos, publicações, compartilhamentos e posts,
Sussurram seu nome, porém seu corpo nu, nunca que se vê.
Causa, onde está você?!