A mulher que não vejo

Em meio a rodopios alucinantes

Nos becos, janelas e vielas,

Com a lua clareando as panelas,

Procuro por aquela de poucos amantes.

Turbilhão de símbolos, sinais e rabiscos,

Ponto do findar dos meus passos,

Horizonte almejado, mas escasso de umbigos.

És tu, regadora dos crânios neonatos.

Tenho sede daquela, pois é a única que dá sentido,

Até às vidas mais destrambelhadas

Que nem se quer tiveram o desejo agarrado.

Em meio aos pontos, publicações, compartilhamentos e posts,

Sussurram seu nome, porém seu corpo nu, nunca que se vê.

Causa, onde está você?!

Jessé
Enviado por Jessé em 01/03/2014
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