Minhas vanguardas
Eu diversa cubista
contra a vontade
cheia de arestas e pontas
prontas a quebrar-se
ao toque da mais leve pluma
eu louca dadaísta
brado versos confusos
difusos em minha alma
inteligíveis a normais
Compreensíveis a mim
eu surrealista
vivendo em sonhos
pisando na realidade
como se pisa em nuvens de açúcar e sal
eu além do meu tempo
futurista pedindo sossego às máquinas
anarquizando a coerência
em mim circunferências
totalmente quadradas
eu gritando com olhos
expressando minha forma
deformada de convicções
silenciando o dia
e o outro e mais outro
para reunir a mim