ROMA FRIA

Ao abrires a porta deixa entrar

ou não abras, te faças prisioneiro,

te condena, te põe na solitária

desse cheiro de amor apodrecido...

Se levaste um sorriso ao teu semblante,

uma leve menção do beijo ao lábio,

será sábio manteres o momento

e talvez teu pedaço do infinito...

Vive agora o que o tempo logo anula,

pois quem pula seu dia, sua vez,

faz do quanto não fez um flanco exposto...

Sente o gosto, não vive desse aroma,

tua roma jamais incendiada

já cansou de não ser reconstruída.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 24/02/2014
Código do texto: T4703880
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