Jogo de azar

Se for jogo, eu creio, é de azar.

Pois a indiferença é uma roleta russa,

Arma clandestina prestes a disparar,

Enquanto o medo interno pulsa.

Prefiro a dor do corte na pele

A fingir que não existo.

Preparo-me no ventre reles

Selvageria mundana em busca do êxito.

A nau perdida se rebela

No pipilar de gotículas insólitas,

Se não tem vento pra que serve a vela?

Meu barco sucumbido ancora na margem morta.

Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 25/01/2014
Código do texto: T4664149
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