Ar! Quero Ar!

Tudo que areja por aqui,
não passa de um vendaval!
Nasci ao ar livre,
onde aprendi
a voar pelo ar!
Para quê, se descobri o vazio?

Criei-me no ar
onde vivi a voar!
Vaguei no vácuo,
onde aprendi a voar
e, no vazio do ar,
esvaziei meu vazio!

Quero ar para respirar
e só recebo ar para encher
e só recebo ar para explodir!
E sinto que vai abafar
e sinto que vai expirar
e sinto que vai faltar!

Ar que refresca a mente
demente, que pode matar!
As nuvens estão muito altas
e eu aqui, ao vendaval,
de ar, sem ar,
aérea!

Estou sem ar!
Ar!
Ar!
Ar!
Quero ar!
Minha vida... nossa vida...sem ar!

Cabo Frio, 9 de março de 2010 - 22h12
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 20/01/2014
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