AMORES ANTIGOS

Quase louvo a beleza que leio em teus olhos;

que folheio em teus lábios de sorriso brando,

e de quando me dizes palavras de afeto,

como quem cantarola uma doce canção...

Meio rezo e cultuo, quase dou oferta

para todos os dons que desnovelo em ti,

mas me calo e contenho na face de fora;

se minh´alma te adora, o meu corpo disfarça...

Tens beleza invisível maior que a notória,

tua glória secreta me põe de joelhos;

os espelhos não sabem que alguém é tão bela...

Entretanto és modesta feito flor vulgar;

sei que posso te amar sem antigos temores,

mas amores antigos me armaram assim...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 12/01/2014
Código do texto: T4646897
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