Saudade sempre

Que saudades desse nome e poesia

Tem rosto e não tem cheiro

Tem palavras sem voz ,um arameiro

Em suas mãos as letras enteiam-se com maestria

Saudade do olhar a ver minha alma

Sincero no silêncio, cúmplice

De um segredo bem guardado

Com juras de amor em noite calma

Saudade do corpo quente intocável

Qual pedra feita de vulcão

Guarda para o encontro o fogo

Incêndio certo e agradável

Saudade da sapiência

Adquirida a custo

De muitas lutas e tempo

E agora nem por isso exausto

Saudade de você

Ardente

Desde outras vidas ausente

Meu ópio de todas as tardes e noites

Saudade

Marcela Cristiane
Enviado por Marcela Cristiane em 11/01/2014
Reeditado em 24/06/2014
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