A Velha Casa abandonada e o Menino Esquecido

Eu estava sentado na cadeira, em frente da velha casa abandonada,

havia uma paisagem de um lugar esquecido,

eu via um menino, e não sabia descobrir quem ele era.

Ele chorava, entre os anjos não vistos,

como se estivesse perdido na mágicidade,

tudo estava longe, não estaria de corpo nesse lugar,

e não saberia que estará ali para encontrá-lo.

A casa era velha, como um ermo, em um pasmo esquecido

não havia indícios de estar ao conhecido,

tudo era antigo, no sentido que eu encontraria minuciosas razões infinitas,

que nada me faria sair da aquela contemplação.

Eu estava na aquele lugar para observar,

e não imaginava, que em seus contornos haveria uma parte de mim.

O menino era só, como a criança que cria os seus amigos imaginários ,

como o mundo que não vemos, mas fazemos dele um mundo de nossas companhias.

Em tão pensei , que seria o menino mais um dos meus personagens imaginários da minha solidão.

A velha casa era um lugar grande para os meus sentidos,

e eu apenas continuava na cadeira, imóvel sem cessar do sonho.

A criança era uma continuação deixada,

ele não me conhecia, eu não poderia conhecê-lo,

sem saber que a velha casa era um lugar desconhecido, que eu não havia percebido,

em um mundo que não teria um tempo,

de sentar, para olhar e refletir,

nas paisagens internas que se perderam no infinito.

(Poeta das Almas)

De. Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 06/01/2014
Reeditado em 06/01/2014
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