O catarro dos deuses infiéis
Retalhei-me o rosto com o seu orgulho ferido
nessa sua impureza impecável.
Vasos de sangue escorrem pelo rosto,
me cegam as vistas, me ardem
os lábios e se desembocam
em minha garganta seca.
Um misto de repugnância e pecado
sem fé, me enchem a boca de
um catarro dos deuses infiéis.
Quero cuspir tudo
sem mandamento, sem ordem
Quero cuspir a verdade
por cima da mentira
e cagar vomitando os
seus conceitos
de vivente puritano.