O que me Falta, o que me Sobra
O sargaço a boiar no meu rio interior,
Cobre, encobre qualquer sentimento nobre.
Vivo à superfície deste viver triste.
A lua é sempre metade.
Não há lua cheia.
Abafei a luz que incendeia.
Não tenho direito de ter razão.
Nem de esperar maré alta.
Enxovalhei o que me sobra
Com o que me falta.
Lita Moniz
O sargaço a boiar no meu rio interior,
Cobre, encobre qualquer sentimento nobre.
Vivo à superfície deste viver triste.
A lua é sempre metade.
Não há lua cheia.
Abafei a luz que incendeia.
Não tenho direito de ter razão.
Nem de esperar maré alta.
Enxovalhei o que me sobra
Com o que me falta.
Lita Moniz