A seiva dos teus versos

Se te fores de mim,
resgatarei no vento o lastro do teu estro
para anexá-lo ao som de um bolero,
no céu, em cada estrela onde adormeces...
Reclamarei aos empíreos o triunfo
de ter em serenata o canto azul
daquele que me encanta o destino
e assovia assombros de prazer
aos meus ouvidos – sonho do viver!

Se de ti me for,
esparzirei no vento o rastro do meu cio
e quando me encontrares, ao faro do prazer,
pelo inconstante brilho dos meus olhos,
em fúria me arrastarás, doido esplendor,
aos ardilosos pelos presos no teu corpo...
Por dedilhar-me em rimas, teus desejos,
meu lombo forte e teso arqueará,
ajoelhando-se, para sempre, aos versos teus!


Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2009 – 6h02
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 16/11/2013
Reeditado em 20/12/2013
Código do texto: T4573667
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