Ser poeta... é isso, mesmo?

Levito - um ser encantado,
agito asas e voo,
desvendo pleno infinito,
trafego doida entre mundos,
talvez, nem queira voltar...

Se planto em terra um aroma,
borrifo e vejo as raízes
daquele sonho brotar,
mas, quase cedo à agonia,
de não senti-lo apontar...

Por ser divina e maldita,
em dom poder-sedução,
perigo sei do extermínio
e num afago à caneta,
confesso em ti minha ação...

Quase impossível entender-me!
Se adormeço tristonha,
não sei bem qual a razão...
acordo assim, tão ditosa,
sem nem saber o por quê...

Adoro valsa vienense,
namoro um verso que é teu...
Mas, não resisto à tristeza,
se ao teu retrato me inspiro
e sem me ler adormeces...

Por tudo quanto aqui disse,
se paranoica ou intrusa,
é pelos deuses que juro:
- POR QUANTAS VIDAS QUE TENHA,
NASCER SOMENTE POETA!


Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2009 – 18h24
Reeditado em 27 de novembro de 2013 - 19h22
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 16/11/2013
Reeditado em 30/07/2020
Código do texto: T4573649
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