Insônia
A cama não me adormece
Nesta madrugada insone
Sorrateira como as sombras
Entre as paredes de meu quarto
Meu refúgio é minha cama
Sentindo uma brisa congelante
Ao meu olhar para o teto
Sem saber o que pensar
Observo o tempo passar
E o crescimento da noite
Numa gélida escuridão
Que me envolve na solidão
Aqui estou eu
Enquanto a noite se arrasta
Sob a surra do tempo
Que divaga meus pensamentos
ouço ruídos da noite
Que me roubam palavras
Que justifiquem os temas
Que trazem as mais tristes poemas
Expresso-me do nada
Atento a escuridão
Para resgatar as palavras
Que fogem de minha prisão